O segmento de saúde suplementar está passando por algumas transformações importantes. As operadoras têm implantado novos modelos de remuneração e isso vem trazendo alguns impactos significativos em como os processos se desenvolvem. A internação hospitalar é uma dessas atividades que está passando por mudanças.

No artigo de hoje, você poderá entender melhor sobre essa troca de modelo e quais as diferenças que estão sendo vivenciadas pelas instituições que já adotaram as novas práticas. Continue a leitura!

O novo modelo de remuneração de hospitais

O setor de operadoras de planos de saúde vem enfrentando algumas dificuldades nos últimos anos. A quantidade de beneficiários está estável, com ligeira queda, desde 2016, de acordo com dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). A situação é fortemente influenciada pelo contexto econômico brasileiro, tendo em vista que a maior parte dos usuários utiliza planos de saúde corporativos.

Além disso, a inflação médica continua aumentando acima da inflação oficial. Ou seja, os custos aumentam consistentemente sem que as receitas acompanhem, influenciando negativamente nas margens das instituições.

Como consequência, um novo modelo de remuneração tem sido adotado. Essa proposta, chamada ABP (Adjustable Budget Payment), implica em um pagamento fixo mensal que é baseado na análise do histórico de custos apresentado pelo hospital. A operadora avalia os orçamentos e faz uma oferta. Normalmente, há um ajuste trimestral a partir da atualização da situação.

Implicações do ABP na internação hospitalar

Algumas instituições já estão utilizando o novo modelo. George Schavin, do Hospital Santa Paula, em entrevista para a Folha de São Paulo relatou que a instituição já se adequou ao ABP. No momento, ainda não conseguiram observar muitos ganhos no sentido financeiro, porém o novo sistema tornou o processo de autorização para internações mais ágil. E também fez o tempo médio de permanência cair de 4,2 para 3,7 dias.

Paulo Bastian, do Oswaldo Cruz, em entrevista ao Estadão, menciona que o novo modelo de remuneração fixa traz perspectivas de padronização nos processos de atendimento, com a possibilidade de fazer melhores previsões para a qualidade e tipo de consumo de insumos. Há também a necessidade de se preparar a equipe para que o trabalho se ajuste às novas lógicas de reembolso.

Principais mudanças em relação ao modelo anterior

O modelo mais utilizado no Brasil, conhecido como “Conta Aberta”, todos os procedimentos, diárias e o consumo de materiais eram levados em consideração para se estabelecer as notas de pagamento. Essa prática favorecia a postergação das altas, com o adiamento das internações e o desperdício de itens de suporte.

Com isso, as instituições que estão atuando com o novo modelo têm conseguido aumentar a satisfação dos pacientes, que podem ter acesso ao que precisam de maneira mais rápida e, consequentemente, podem ser liberados em períodos mais curtos. Com isso, é possível trabalhar para reduzir também os custos.

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