A segurança da informação é algo bastante crítico na área da saúde. Os dados dos pacientes são extremamente sensíveis — há inclusive legislações a respeito dos limites de sua utilização e exposição. Em contrapartida, quando bem geridos, eles podem ser de fundamental importância para melhorar a qualidade dos serviços prestados.

Pensando nisso, elaboramos este artigo para que você fique por dentro dos principais pontos de atenção em relação à segurança da informação em hospitais. Também, veremos algumas boas práticas para se ter políticas que vão ao encontro desse objetivo. Interessado? Continue lendo!

Por que as informações armazenadas por hospitais necessitam de cuidados especiais?

Toda instituição da área da saúde funciona como um organismo vivo, baseado em uma série de subsistemas. Além da questão do relacionamento direto com os pacientes — que gera cadastros, históricos médicos, prontuários dos atendimentos e os chamados dados populacionais — ainda há tudo aquilo que é ligado às atividades de suporte.

Informações financeiras, inteligência de suprimentos (principalmente da compra de medicamentos e materiais), gestão de colaboradores… Em termos de negócios, esses dados são muito estratégicos, pois podem definir as razões de um hospital conseguir funcionar com margens superiores a outro. Mas não apenas isso.

Estamos, muitas vezes, falando de informações pessoais, sobre as condições de saúde daqueles que ali são atendidos. Algo, portanto, totalmente privado. E, atualmente, quase 100% dessa informação está em formulários e sistemas digitalizados, e como tal, demanda cuidados diferenciados.

A lei 13.709 de 2018, chamada de Lei Geral da Proteção de Dados, fez modificações no antigo texto do Marco Civil da Internet, especialmente no que tange à privacidade dos dados de usuários em geral. Já o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelecem diversas regras mais específicas — quando, por exemplo, trata dos prontuários eletrônicos ou da telemedicina.

Como aumentar a segurança da informação na área da saúde?

Uma vez reconhecida a necessidade de garantir a confiabilidade dos dados de cada paciente, é preciso tomar alguns cuidados para que eles possam ser utilizados de forma estratégica, sem que isso gere problemas para a instituição. Listamos, então, algumas dessas boas práticas a seguir.

Estabeleça uma política de segurança

É dever do hospital, a partir de sua alta administração, definir quais são os limites para a utilização dos dados e a forma como eles devem ser gerenciados. Quanto a isso, os comunicados precisam ser claros e abrangentes; todos precisam estar cientes do que podem ou não fazer. Inclusive, recolhendo assinaturas de anuência de todos os colaboradores que, eventualmente, lidarem com essas informações.

Tudo deve ser previsto aqui. Não é possível esperar que as pessoas hajam de acordo com suas consciências — afinal, as consequências podem ser severas.

Utilize sistemas de gestão protegidos

A informatização dos dados está ajudando as instituições de saúde a ganhar dinamismo e reduzir custos. Mas esses benefícios jamais devem ser buscados negligenciando-se a questão da segurança. Por isso, conte com sistemas robustos, de fornecedores renomados e que contam com a tecnologia suficiente para proteger a integridade das informações.

Treine os usuários

Uma vez definidas as políticas e implantando-se um bom sistema de gerenciamento, é essencial que as pessoas envolvidas sejam todas treinadas. De nada adianta ter regras e boas ferramentas se ninguém souber o que deve ser feito, certo? Então, invista em treinamento constante, cobrindo todas as atualizações tanto dos softwares quanto de ajustes que podem ocorrer com novas alterações nas leis.

Enfim, a segurança da informação precisa ser um tema central para todo gestor hospitalar. Como vimos, trata-se de um assunto muito relevante — é um compromisso da sua instituição com seus pacientes, e há diversos aspectos legais envolvidos. Além disso, o conjunto de dados precisa ser corretamente tratado para que seja possível utilizá-lo de maneira estratégica, gerando vantagem competitiva.

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